As Quatro Ignorâncias de um Amante,
sob o ponto de vista do
Pe. Antônio Vieira,
lá no ano de 1630....
E elas são:
A Primeira Ignorância de um Amante
Não conhecer a si mesmo
Quando não conhecemos a nós mesmos entramos no
estado de identificação e projeção com a outra pessoa. Projetamos no outro
aspectos nossos. Não sabemos olhar para dentro e reconhecer os próprios erros,
as próprias dificuldades então dizemos que o outro é terrível. Criamos uma
lista de culpados pela nossa própria insatisfação.
Conhecer a si mesmo também é estar em contato com
nosso Eu Superior, a parte Divina em nós, que sabe dar limites, que sabe
perdoar, que não aceita o que é inaceitável. E que ama profundamente a sim
mesmo e ao outro.
A Segunda Ignorância de um Amante
Não conhecer a quem se ama
Quando não conhecemos a essência da outra pessoa
criamos expectativas, destruímos a comunicação saudável, acusamos erroneamente
o outro, enfim criamos confusão, ilusão e mal entendidos. Queremos que ela nos
dê o que ela não pode nos dar, queremos que ela seja perfeita, imaculada,
iluminada.
Mas todos temos lados positivos e negativos, não?
A Terceira Ignorância de um Amante
Não conhecer o Amor
O Amor é um sentimento que une, que engloba, que
junta. E ele começa trazendo as nossas partes obscuras à consciência. Integrar
nossa sombra e transformá-la em Luz é uma obra do Amor. Somente este sentimento
tem a capacidade de fazer isto. O Amor coloca a mão na lama porque sabe que
quando erguemos as mãos para o céu a lama é transmutada. Sendo assim é possível
curar feridas, amenizar o cansaço existencial, suavizar emoções pesadas.
Estar em estado de amor significa também aceitar e
curar nossos lados sombrios e os lados sombrios da outra pessoa. Porque todos
temos um inconsciente repleto de medos, de traumas.... E o Amor sabe disso.
Quando duas pessoas inteiras estão harmonizadas, no caminho, se
trabalhando e essas pessoas se relacionam, se amam, com certeza elas estarão
gerando muita Luz para o mundo.
A Quarta Ignorância de um Amante
Não saber a hora de parar, mesmo amando.
Quem ama sabe que as coisas mudam, e que há
momentos em que é melhor jogar tudo para o vento. O Desapego é necessário.
Afinal o que realmente levamos conosco quando morremos? O Amor.
O Desapego é uma grande lição. Ele nos mostra o
caminho da aceitação do que É. Ele diminui a nossa necessidade de estarmos
sempre certos. Ele nos mostra que a vida nem sempre é do jeito que a gente
gostaria que ela fosse e ao aceitar este fato crescemos espiritualmente.
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